Tal como procurei deixar claro já no subtítulo, o tema desta intervenção não é dos mais fáceis. Trata-se da relação entre leitura, literatura e livro didático de Português (LDP), sob um ponto de vista bastante particular: o do letramento. E a questão é ainda mais delicada porque pretendo discutir o assunto de um lugar claramente delimitado, o do “PNLD em Ação”, nome com que vem sendo conhecido o nosso projeto “Livro Didático e Sala de Aula: Escolha e Modos de Usar”1. Partindo do pressuposto que a pura e simples avaliação promovida pelo MEC não é suficiente para atingir-se qualidade e eficácia no recurso ao livro didático (LD), o objetivo de nossas ações tem sido o de fornecer, às equipes técnicas responsáveis pelo PNLD2 nos estados, subsídios práticos e teóricos relativos à escolha qualificada e ao uso crítico do LD.
Por isso mesmo, devo esclarecer , no que diz respeito à literatura, que não falo como especialista, mas como amador, no sentido mais literal possível. Por outro lado, como um educador comprometido com um programa como o “PNLD em Ação”, preciso dizer que vejo, no uso do LDP, possibilidades interessantes de efetivo envolvimento do aluno com o universo da escrita e, portanto, com a literatura. Assim, apesar do que o título deste artigo pode sugerir, não pretendo argumentar contra o recurso ao LDP como acesso à literatura, mas sim indicar alguns percalços que é preciso evitar e outros tantos pré-requisitos básicos que devem ser preenchidos para que o LDP possa desempenhar adequadamente esse papel.
Leitura literária: o que é?
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maneco caneco passou por aqui
Há 11 horas
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